quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Encabulada (final)

Depois de alguns dias, ela já estava bem melhor. E, de fato, tinha aprendido alguma coisa: o tempo é mesmo o melhor remédio! Mas eis que, na segunda-feira antes do tal concurso, vem a surpresa: a caminho do trabalho, ela recebe uma ligação do dito-cujo, querendo saber se eles poderiam se encontrar no final da tarde. Ela inicialmente ficou sem saber o que dizer, pois esperava que o encontro fosse acontecer só na semana seguinte, mas disse que daria um jeito. A esperança de colocar os pingos nos ‘is’ - de uma vez por todas - a deixou estranhamente animada.

Para o encontro, o rapaz sugeriu a torteria favorita dela, mas ela disse que a praça de alimentação do shopping estava de bom tamanho e era mais perto. Marcaram no shopping, às 19 horas. Sempre pontuais, os dois chegaram quase juntos e ele, tentando criar um clima mais amistoso, foi logo perguntando sobre o dia dela. Ela, curta e grossa e sem um pingo de paciência, disse que não interessava e que era melhor irem direto ao ponto.

Ele então começou a se explicar e disse que queria uma espécie de tempo, que precisava acertar os 'ponteiros', mas que gostava muuuito dela. Aham. Ela imediatamente rejeitou a proposta do 'tempo' e disse que, considerando a situação, era melhor não ficarem juntos mesmo, que cada um deveria seguir com sua vida e que ele poderia ficar tranquilo para ficar com quem ele quisesse.

Confuso (ou se fazendo de confuso), ele disse que não estava entendendo a reação dela e que não tinha ninguém na vida dele. Ela, meio nervosa, riu. O rapaz, percebendo a delicadeza da situação, jurou por tudo que é mais sagrado que não tinha outra pessoa na vida dele e que apesar de gostar muito dela, a viagem tinha ajudado ele a ver as coisas sob outra perspectiva e que ele só estava precisando de um tempo para repensar a vida dele - sozinho. Era só isso.

Querendo por um fim ao encontro, ela disse que não se importava com o que pudesse ter acontecido de verdade e nem com as repensadas da vida dele, mas que ele devia ter sérios problemas por apresentar uma mudança de comportamento tão abrupta sem um motivo decente. Ela concluiu a conversa dizendo que talvez fosse melhor ele ficar sozinho mesmo, e pediu para que nunca mais a procurasse, ligasse ou mandasse mensagem. Era melhor assim. E sem perder tempo ou dar a ele a chance de prolongar o diálogo, ela levantou-se e foi embora, enquanto ele ficou ali - com aquela cara de pastel sentado a mesa.

Era A separação (definitiva!). E a verdade era que ela não fazia questão de trocar o adjetivo dessa vez - pois sabia que isso poderia machucá-la ainda mais. Mas não era verdade que ela não se importava com a verdadeira causa de toda a mudança. "Será que ele estava dizendo a verdade? Será que não tem mais ninguém? Será que ele nunca mais vai me procurar mesmo?" - eram pensamentos que insistiam em permanecer na sua cabeça; e ela ficou encabulada pensando nisso por um bom tempo, mas confiando que o melhor remédio (o tempo) logo logo faria efeito...

5 comentários:

Shimabuko disse...

Ahh um pouco diferente do que eu esperava. Mas posso ser sincero? Estou mais acostumado a ouvir mulheres pedindo tempo do que homens =P
Ficou muito bom, eu só achei que o final ficou meio corrido. Podia ter rendido mais um post, sei lá...
Bom, de qualquer forma parabéns pelo seu texto ^^
Shimabuko

Druidan disse...

Queria que a Steph aprendesse a escrever contos assim ...
ficaadica hahahaha

eu acho q é melhor ficar na duvida do q talvez poderia ter sido, do q ter a certeza da merda

Lara disse...

Acho mais é q tem q tocar a bola pra frente, hein, professora.
É pra frente q se anda!
E agora?
Qual vai ser a próxima aventura?

Druidan disse...

Consertando: não disse que a Steph escreva pior!! Foi no sentido novelistico da trama!!!

Te amo Steph, volta a falar comigo!!

Rosana Araújo disse...

SHIMABUKO, eu dei uma reorganizada no final, mas confesso que tenho problemas pra finalizar textos... heheh e que não gosto de textos muito grandes - esse mesmo acabou ficando bem maior que eu esperava! Mas valeu pela observação, muito boa! =D
Ah, e acho que todo mundo acaba pedindo um tempo na vida, tanto homem ou mulher...

DRUIDAN, tava com saudade de vc!!! hahaha E vc bem que captou a mensagem: as vezes é melhor mesmo ficar só encabulada com algumas coisas...

LARA: tô pensando aqui já na próxima aventura!