quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Com que freqüência você lê?

De verdade. E eu não estou falando das placas e propagandas espalhadas pela cidade e nem das notícias em destaque dos jornais e sites. Muito menos das legendas na TV. Eu digo: livros, literatura! E eu ainda vou mais além, quero saber os livros que você lê por puro prazer - nada daquelas (talvez traumatizantes) obrigações escolares. Quero saber qual foi a última vez que você abriu um livro por curiosidade e ao ler a história pensou “El@ adivinhou o que eu queria dizer” ou “Que fantástico!”?

É triste pensar que esse tipo de situação ainda é relativamente ‘rara’ no nosso cotidiano. A literatura tem sido deixada em segundo plano por muitos ou mesmo esquecida em alguma parte daquela lista gigante de afazeres. Afinal, ‘eu posso viver sem ter lido esse ou aquele livro’, e ‘leitura demanda tempo’ - a vida anda tão corrida - ‘depois eu vejo o filme’. Ou a melhor: isso é coisa de intelectual, eu tenho que trabalhar! Não era pra ser assim. Quando foi que a literatura passou a viver em outro plano? Longe do nosso dia-a-dia?

Na verdade, a atual relação com a literatura chega a ser paradoxal. Todos nós sabemos a importância da leitura, sabemos que ela ajuda a desenvolver habilidades de escrita, adquirir vocabulário, trabalhar o imaginário e fantasia (e quem sabe transformar a realidade) e mais uma série de coisas. Literatura nos ensina a pensar e crescer e descobrir! A gente sabe disso. No entanto, é apenas mais um discurso que permanece no mundo das idéias. E ainda é possível ouvir que ‘com meus filhos vai ser diferente’. Agora eu me pergunto: como isso vai ser possível? Como esperar da futura geração se estamos apenas perpetuando velhos hábitos?

Hábito. Acredito que literatura é, acima de tudo, uma questão de hábito. Oras, é preciso, então, criar esse hábito da leitura desde cedo e a qualquer hora! E não que isso seja apenas papel da escola ou da família. Os meios de comunicação são armas poderosas e (especialmente a TV - com sua enorme audiência) poderiam fazer muito pela literatura. Mas já reparou quão raras são as cenas em programas/novelas/séries que incluem livros e literatura? (Ainda bem que a Internet está indo bem até agora!). Enfim, eu acredito no poder dos livros, acredito que ele pode encurtar distâncias e acredito que a gente pode mudar isso. Acredito, inclusive, que eu poderia dedicar mais tempo às minhas leituras...

Pronto, falei.

1 comentários:

Lara disse...

Amei amei amei!!!
Acho a reflexão extremamente válida e me envergonho de dizer que acho q como bacharel em Letras li pouco.
Muitos classicos ficaram para trás.
Aliás, acho q uma vida inteira não seria suficiente para ler tudo de bom q eu devia ler, né?
E olha q ler é um habito q eu tenho desde de sempre, hein.