quinta-feira, 18 de março de 2010

Inspiração, querida, cadê você?

É triste, mas minha inspiração fez as malas e foi tirar umas férias. Se ela tivesse ido sozinha, eu até entendia. A coitada está cansada de viver no meu regime de escravidão, mas o que eu não perdoei foi ela ter levado minha força de vontade com ela. Isso que é o problema de amizades assim, né? Onde uma vai, a outra vai atrás! Parecem até que são gêmeas siamesas. E eu como fico?

Eu fico aqui sozinha sofrendo da Síndrome do Documento em Branco. Não sei se mais alguém aí sofre disso, mas eu... Nossa! Um dia esse o Word me mata! Eu só digo que é uma doença horrorosa, sem cura e que suga todas as energias da pessoa. Fica lá aquela página em branco criando expectativas a respeito do que eu vou escrever e eu encarando a maldita de volta. É uma relação muito estressante essa, viu? Não recomendo para ninguém! E sabe qual é a pior parte? É um ciclo! Esse é o problema todo.

No momento, minha briga com o documento é por causa do livro que eu estou escrevendo com a Steph. Eu até sei o que eu tenho que fazer e o que eu quero dizer, mas a combinação perfeita de palavras não aparece. E o documento, ao invés de ser compreensivo e tentar me ajudar, fica lá me enchendo o saco com aquele cursor magrelo piscando sem parar no mesmo lugar. Quase ouço o tic-tac do cretino me pressionando e não sai nada. Eventualmente, eu sei que vou conseguir escrever alguma coita decente (até porque se eu não fizer isso, a Steph me mata e briga comigo via torpedo, email, gtalk, twitter - sim, ela usa esses novos meios de comunicação com requintes de crueldade), mas aí vai começar tudo de novo...

Eu vou ter que fazer um fichamento sobre um texto de aproximadamente um trilhão de páginas que ainda não li para 3a feira e vou ter uma crise assustadora da Síndrome do Documento em Branco. Fala aí se isso não é um saco isso! O pior é que essa é uma batalha solitária. Minha criatividade sumiu, minha inpiração cretina deve ter ido fazer intercâmbio, meu ânimo estava tão fraco que teve que ser internado na UTI... Estou até desconfiando que meu vocabulário está meio preguiçoso ultimamente e que minha Gramática sofre de alguma doença degenerativa da qual nem o House ouviu falar. E aí? Como faz? Como que se lida com a insistência do cursor? Eu compro um taco de beisebol e quebro o computador? Eu ignoro? Eu passo a usar cadernos? Porque linhas em branco são tão cruéis quanto cursores...

Acho que o melhor mesmo a fazer nesses casos é ocupar a cabeça até uma ideia digna aparecer. Por isso que eu vou fazer uma maratona de seriados, depois vou ver Sessão da Tarde, depois vou ligar para umas 15 pessoas, depois vou futricar o Orkut dos outros até cansar. Também vou twittar, ouvir música, ler um livro, assistir a um filme bem ridículo, comer, sair. Pena que aí, quando eu voltar par casa, já vai estar tarde e vou dormir na esperança de sonhar com alguma coisa bem interessante que me sirva de inspiração (ai, que ilusão!). E amanhã começa tudo de novo e eu invento uma desculpa nova bem ridícula para procrastinar.

"A Procrastinação não é o problema, é a solução. Então, procrastine agora, não adie.
Ellen DeGeneres

Um grande beijo a todos que também sofrem de bloqueio criativo.
E quem não sofre, vai se lascar. Tenho raiva de você!

Lara

2 comentários:

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkkkkk
Gostei do "com requintes de crueldade"

Unknown disse...

cadê o capítulo, Lara!
vou começar a fazer terrorismo!!!!