Essa noite eu tive um sonho bem esquisito e acordei, digamos, pensativa. Nada de morte, sangue, tristeza ou vôos. Eu meio que perdia a memória no meu(s) sonho(s). Não sabia que dia era, que horas eram ou o que eu tinha que fazer (e se eu tinha alguma coisa para fazer). Acordei, olhei o celular e me acalmei. Voltei a dormir e de novo a mesma coisa. Isso aconteceu umas 3 vezes. Sem brincadeira.
Quer sensação pior que essa? Você não saber se localizar no tempo, não ter nada que pudesse diferenciar os seus dias e ter sempre que se lembrar de tudo (e que essa lembrança não mudasse muita coisa). Porque não era bem perda de memória, era como se os dias fossem todos iguais e a noção do tempo estivesse totalmente equivocada.
Isso me fez pensar em muitas coisas, por exemplo: o que diferencia os meus dias? O que estou fazendo com meu tempo? A diferença dos dias é meio relativa. A gente faz coisas diferentes todos os dias, mas não necessariamente essas coisas fazem diferença nos nossos dias. (?)
Enfim, descobri que o maior medo do mundo, pra mim, tem o nome de tempo. Tempo perdido. Tempo esquecido. Tempo que engole a gente. Tempo que nunca, nunca para. Tempo que vai embora e nem dá tchau.
Rosana - e seus sonhos esquisitos
2 comentários:
Nossa, Rô, adorei o seu post!
ALém de super bem escrito, toca qualquer um. Qualquer um que leia isso vai pensar um pouco mais sobre o assunto e posso te garantir q vc não é a única q sofre com esse medo. Quem não tem medo do que faz com o tempo?
Parabéns oela reflexão, Rô!
\o/ Valeu! Acho que hoje eu acordei querendo botar um monte de coisas pra fora... e é bom saber que a gente nao esta sozinha em alguns pensamentos!
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