Como a pena encontra a superfície depois da queda livre
Sua pele encontrou a minha
Seus dedos se entrelaçaram aos meus
Vorazes, mas carinhosos
Desejo e respeito no mesmo toque
Não esperava por aquele encontro
Me rendi
Deixei que seus dedos desenhassem o contorno do meu corpo e
Que vez ou outra sua mão encontrasse a minha
Era companheiras
Queriam a mesma coisa: o corpo do outro
Percorri o seu corpo com a mesma delicadeza
Retribui
Senti seu coração acelarar, seus pulmões se inflarem e se esvaziarem com mais frequência
Era seu corpo conversando com o meu
Deixei que suas narinas roubasse meu cheiro
Que seus dedos percorressem meus cabelos
Que seus lábios tocassem meu pescoço
Que seu nariz se encostasse no meu
Olhei dentro dos seus olhos e você, dos meus
Vi seu coração aberto para mim
Alguns segundos de inconsequência
Dois perdidos se achando
Dois toques se fundindo
Mas todo toque destoca
Dedos se desenlaçam
Lábios de desprendem
Corpos se desgrudam
Deixei que você se fosse, que desencostasse, que se afastasse de mim
Que os limites das nossas silhuetas se desencontrassem
Que levasse contigo um pouco de mim
Uma memória que seja do momento em que eu fui só sua e você só meu
Da sua coragem de se permitir me tocar
Dos segundos em que você me fez completamente feliz
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Toque
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2 comentários:
Núúúúúú
Que triste esse poema. =(
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