terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dia do Blog

Feliz dia, para todos!

Amo ser blogueira
pois agora já não sou mais acusada de fofoqueira
sou ao mesmo tempo namoradeira e solteira
e isso me poupa horas de choradeira!
Limpo da realidade toda a sujeira
e por me permitir essa temporária cegueira
as palavras pra mim são uma eterna brincadeira.
Melhor de tudo é essa vontade de escrever infinitamente sem nenhuma canseira
mesmo sofrendo com um estado emocional quase na beira
mas sempre tirando algum otimismo da algibeira.
Sou ao mesmo tempo mãe, amiga, enfermeira
das doenças e amores desse blog, inclusive tenho crises de ciumeira
porque essa válvula de escape serve mesmo como uma fiel escudeira
aqui posso ser tanto Winkler como Nogueira.




domingo, 29 de agosto de 2010

Cegueira

Sei que a maioria dos leitores lê porque quer uma alternativa para a realidade. Quer ler sobre o amor, o sucesso, a beleza, a alegria, a felicidade. Mas hoje o assunto vai ser justamente o monstro do qual todos fugimos: a realidade.

Não sei quanto a realidade de vocês, mas nem só de coisas boas é feita a minha. Hoje mesmo é impossível eu escrever sobre as coisas positivas que todos querem ler. Posso no máximo escrever sobre a fragilidade dessas coisas. Nem todos os dias são bons, Aliás, a maioria deles não é. A maior parte do tempo nos sentimos piores do que melhores, feios, deprimidos, insatisfeitos.

Não pensamos muito nisso porque senão enlouqueceríamos, mas a verdade é que a vida é de fato bem feia. Tantas vezes caimos no chão, nos machucamos, caimos de novo e levamos outra rasteira. Tantas vezes nos perdemos, não sabemos para onde vamos e muito menos se chegaremos a algum lugar. Tantas vezes criamos esperanças e expectativas que jamais se concretizarão. Tantas vezes somos injustamente julgados, massacrados, criticados.

Ainda bem que muito disso a gente esquece. Ou não vê. Ou escolhe não ver. Eis a cegueira da sobrevivência. Se enxergássemos a realidade como ela de fato é, abriríamos mão da nossa existência, disistiríamos de tudo e viveríamos isolados. Cada um em seu próprio mundo. Se não fôssemos cegos, não enxergaríamos beleza em nada, não conheceríamos a felicidade, não daríamos valor para coisas boas porque elas seriam minúsculas diante das ruins.

Se o tom pessimista do texto não te agrada, é sinal que você, assim como eu, está temporariamente de olhos abertos. Sabe que o que eu estou falando é real, verdadeiro e extremamente honesto. Está enxergando a mesma feiúra que eu. E sim, incomoda. Incomoda muito ver que nem todos os dias o mundo veste a roupa da beleza. Tem dia que ele acorda completamente nu, desprovido de qualquer véu, de qualquer pedaço de roupa que tampe sua feiúra. Ele simplesmente é.

E quando, coincidentemente, deixamos nossa cegueira de lado e escolhemos abrir os olhos, percebemos que a felicidade é muito mais um exercício do que um estado, que a beleza é muito mais uma ilusão do que que uma realidade, que o sucesso é muito mais um estado de espírito do que um ponto de chegada. Somos impotentes diante disso tudo e podemos, no máximo, escolher quando abrir e quando fechar os olhos.

Hoje, essa semana aliás, escolhi manter meus olhos bem abertos. Vi coisas boas, mas nem me lembro mais delas. Não tiveram a menor importância perto das feias. Por isso, amanhã decido que quero sobreviver. Quero uma vida mais amena, mais agradável. Por mais irreal que seja, quero acreditar que haverá beleza nos próximos dias. Então, amanhã espero conseguir acordar de olhos completamente fechados. Cega.Cega para feiúra, mas apta a sobreviver.

Lara - curtindo o resto do reality check

escrever é preciso!

Escrevo porque gosto. Escrevo porque não dou conta de me expressar espontaneamente e ser politicamente correta ao mesmo tempo. Escrevo porque o mundo está com um déficit de bons escritores e leitores. Escrevo porque me ajuda e quem sabe talvez, te ajuda. Escrevo porque eu sou incapaz de falar o que sinto sem chorar no auge da minha raiva e frustração. Escrevo muitas vezes para você, que nunca lê, mas escrevo muito mais para você, que de fato lê. Escrevo também porque acho bonito, porque não quero fazer feio. Escrevo porque me sinto poeta ao tentar desvendar os meus sentimentos - esses sentimentos que tantas vezes se liquidificam e viram um estado gasoso entre amor e ódio. Escrevo pra ficar registrado. Escrevo porque ao te ver meus neurônios hibernam, tiram férias e vão para fortaleza e me deixam sozinha com as mais articuladas palavras de uma criança. Nem sempre escrevo, muitas vezes só penso. Escrevo porque me tranqüiliza e me dá uma chance de organizar o trânsito de idéias e palavras que me vem a mente a toda hora de todo dia. Escrevo porque já me acostumei, porque é o que eu faço, mas antes de tudo, escrevo pra mim.

Steph - voltando com tudo!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Saudade

Que saudade que eu sinto da minha infância!
Dos meus brinquedos, das minhas bonecas
Dos desenhos animados, de TV Colosso, Carrossel, Caça-Talentos
De Sessão da Tarde
Da fazer bolinha de papel crepom, colagem e pintura a dedo
De comer sem pensar em engordar
De não me preocupar com dinheiro
De não ter responsabilidade de gente grande

Que saudade que sinto da minha adolecência!
Dos namoricos
Das festas
Das ligações eternas
De ICQ, MSN e chat do UOL
De sentir raiva do mundo
De estudar matéria chata
De ser idiota
De me achar onipotente

Que saudade que sinto da universidade!
Dos amigos
Das aulas
Da falta de aula
Das graves
Dos professores
Dos picaretas
Do fedor da biblioteca
Da universalidade

Mas essas não são as maiores saudades que sinto
Grande mesmo é a saudade que eu sinto de sonhar
De acreditar que eu poderia mudar o mundo
De pensar que em algum lugar eu iria brilhar
De imaginar que gosto teria o sucesso profissional
De sentir que eu não era mediocre

Maior ainda é a saudade que sinto das pessoas que eu poderia ter me tornado
Bem sucedida aos 22
Dra aos 25
Profissional invejável, renomada
Refugiada em algum outro país onde coubesse meu potencial
Escritora publicada ainda jovem

Saudade dos dias em que eu acreditava que tudo isso era possível
Em que eu era incansável, inocente, sonhadora
Saudade de quando eu vivia de me projetar
Sem jamais imaginar os caminhos tortos que meu destino tomaria
Saudade de passar mais tempo sonhando do que consertando
De pensar mais em sucesso do que em fracasso
De enxergar mais beleza e menos defeitos e remendos

Que saudade que sinto da minha vida toda!
Que saudade que sinto de hoje!
Das coisas boas e ruins que vivi
Do que não viverei mais
Que saudade que sinto de amanhã!
Do que está guardado para mim
Do que ainda não vi, não experimentei, não sonhei

Tudo é muito breve, efêmero
Impossível viver por completo quando os segundos passam tão rapidamente
Impossível não olhar para traz e sentir saudade das coisas que não se repetirão, do que já foi
Impossível não lembrar com doçura do que me trouxe até aqui e do que me levará adiante sem que eu me dê conta disso
Impossível não sentir saudade do que eu fui e do que eu poderia ter sido, das possibilidades que não vivi, do que eu poderia ter feito e não fiz
Impossível não sentir saudade!
Simples assim
Saudade
Em sua mais arrebatadora e dolorosa forma
Saudade

domingo, 22 de agosto de 2010

A quem possa interessar

Você não está sozinho.

Você não é o único a se perder nos seus próprios planos, na sua própria história
Você não é o único que não enxerga beleza em si próprio, que não se dá valor, que não sabe o que é auto-estima
Você não é o único que acha que nada até chegar perto da praia, mas vem uma onda e leva de volta pra alto mar
Você não é o único que perdeu o rumo, o encanto, as forças, a vontade

Você não está sozinho.

Não é privilégio só seu acordar sem vontade de sair da cama
Não é privilégio só seu sentir vontade de sumir do mundo, de fugir para bem longe
Não é privilégio só seu não enxergar a falsidade que te cerca, a inveja que despejam em você
Não é privilégio só seu se sentir o cocô do cavalo do bandido

Você não está sozinho.

Se abrir bem os olhos, vai ver que sua canoa furada está lotada
Se abrir bem os olhos, vai ver que até seu amigo mais bem sucedido tem seus dias ruins
Se abrir bem os olhos, vai ver que desilusão, desespero, solidão, dor, tudo isso todo mundo sente

E se você abrir mais ainda esses olhos, vai ver que até nesses momentos mais dolorosos, mais tristes, existirão motivos para levantar a cabeça e sorrir
Uma mão amiga te levantará e enxugará suas lágrimas
Braços ainda mais amigos te abraçarão e te darão coragem

Quando você achar que a areia movediça do fundo do seu poço te engulirá de vez, não se preocupe.
Alguém terá coragem de pular atrás de você para te resgatar
E esse mesmo alguém te mostrará que você não está sozinho
Porque você tem amigos e familiares que te amam e sentem um orgulho enorme de você

Não chore mais! Não se desespere!
Tudo tem seu tempo e, na hora certa, todas as peças do quebra-cabeça se encaixam
Agora nada faz sentido, mas amanhã vai ser diferente
Amanhã você vai perceber que  não está tão sozinho assim

sábado, 21 de agosto de 2010

eles também!

"gosto muito de você! mas muito mesmo! quero te ver!"

Essa foi a mensagem que ela me mandou. Por quê ela me mandou isso? Ela gosta de mim? Ué, mas eu também gosto dela! Não é uma coisa meio óbvia? Ela me deu aulas de inglês e eu retribui com aulas de violão. É lógico que ela gosta de mim, eu sou bem legal. Sou? É, sou sim!

Bom, eu sou enrolado, mas no fim acabo mantendo minhas promessas. Ok que da última vez eu nem liguei para ela, mas ela falou que eu não precisaria se estivesse cansado. Mas eu nem estava muito cansado, verdade seja dita. Por que eu não liguei? Eu acordei tarde e pensei em ligar, mas fiquei com vergonha. Vergonha? Vinte cinco anos na cara e ainda com vergonha de mandar uma mensagem?

Não queria a atrapalhar, vai que ela estava ocupada. Ela sempre tem esse ar de estar sempre muito atarefada - talvez ela realmente esteja! Mas ela sempre faz tempo pra me ver. Sério, como ela consegue? A culpa foi dela também, não é mesmo? Ela podia me ligar também se quisesse me ver, podia ter me ligado para ver se eu tinha voltado mais cedo da viagem. Mas ela sempre me liga. É, ela sempre me liga. Será que ela se cansou? Eu também nem ajudo muito e nem sei por que!

Eu gosto dela também e também quero a ver - na verdade, queria a ver bem mais. Será que ela quer mesmo aprender a tocar o violão? Será que ela se sente obrigada? Por que ela não me convidou de novo para o nosso almoço? Da última vez ela que furou - mas ela me chamou para almoçar em outro lugar depois de desmarcar o almoço na casa dela. Por que eu recusei? Vergonha, de novo?! Não, me recuso a aceitar isso!

Ela deve me achar bem retardado, mas não sou! Ela acha que eu não sei que ela estaciona na minha quadra de propósito, mas no fundo, acho uma graça. Eu sei que ela entra e sai do msn mil vezes para chamar minha atenção - minha vontade é de falar com ela assim que eu entro, mas a deixo sofrer um pouco, posso até imaginar dos nomes que ela deve me xingar para as amigas.

Sim, eu gosto muito dela também. Por que eu nunca fiz nada antes? Acho que passou da hora, pois nem eu me lembro mais quantos anos temos nessa nossa amizade/relacionamento. É, decidi, vou retribuir a mensagem - retribuir da maneira que ela sempre quis!

"ops! mandei a mensagem para a pessoa errada! foi mal! "

É, talvez eu retribua outro dia.

E então ela nunca soube, e ele nunca mais falou...

domingo, 15 de agosto de 2010

Estranhezas

Estranho como tudo muda
A gente muda
As pessoas mudam
As coisas mudam
O mundo muda

Estranho como tudo acaba
Fim de semana acaba
Festa acaba
Filme acaba
Livro acaba
O bom acaba
E o ruim também (ainda bem!)

Estranho como "ir" parece ser o verbo mais conjugado da nossa vida
Vou trabalhar
Vou malhar
Vou correr
Vou comer
Vou morrer
Vou viver

Estranho como "prometo" é a palavra mais vazia que existe
Prometo que vou mudar
Prometo que vou fazer
Prometo que vou acontecer
Prometo que não vou prometer mais

Estranho como a gente vive no futuro
Quando eu estiver no Ensino Médio
Quando eu estiver na faculdade
Quando eu formar
Quando eu trabalhar
Quando eu casar
Quando eu tiver filhos

Estranho como a gente muda de ideia
Amo você, odeio você
Quero muito isso, não quero mais
Adoro fazer isso, não faço mais
Eu preciso muito disso, mas para quê?

Estranho como tudo muda e continua igual
Estranho como tudo acaba, mas sempre tem um jeito de continuar
Estranho como a gente sempre vai e sempre volta também
Estranho como a promessa é vazia, mas a crença e a esperança nela não
Estranho como vivemos no futuro sem abandonar o passado e o presente
Estranho como as ideias mudam e nos reinventam, mas a maioria continua igual

Estranho como tudo é estranho... sem deixar um minuto sequer de ser ordinário

desvinculação cardiovascular

Se passaram dois anos desde a última vez que te vi. Dois - e tanta coisa aconteceu!


Eu finalmente criei coragem pra entrar no mestrado, larguei minhas turmas e conheci o Peru, até aula de dança e culinária eu comecei. Foram dois anos de muitas noites viradas estudando com direito a muita cafeína, mas foram dois anos que sobrevivi sem você. Foram dois anos danados de bons!

Sabe aquela minha pele acneica que você tinha tanto nojo de tocar? Pois é, tomei vergonha na cara (literalmente!) e comecei um tratamento e ela está finalmente livre de espinhas e cravos, acredite se quiser!

Lembra daquele meu manuscrito que eu tinha te entregado para você ler? Consegui uma publicação! Não é com nenhuma editora de grande porte, é com uma que só trabalha com lançamentos, mas eles estão bem animados com o nosso projeto!Te devo uma, afinal de contas, você serviu de matéria prima para minha criação literária.

Eu realmente não sei o que se passou naquele domingo. Você não tinha prometido que iria me avisar se fosse chegar mais cedo da viagem para a gente se encontrar? Admito, você não ter nem sequer lembrado de me mandar uma mera mensagem foi a gota d'água para mim. Não que você me devia satisfação alguma, mas convenhamos, não tinha sido a primeira nem a terceira vez que aquilo acontecia. Ninguém é obrigado a ficar agüentando essa sua falta de atitude mascarada de indecisão que não leva a nada. Nem eu, caríssimo, nem eu!

Não sei por que dois anos depois de você não me ligar para marcar aquele nosso encontro eu estou escrevendo isso. Na verdade, sei sim. Estou vendendo o seu violão - lembra dele? Sim, é aquele mesmo. Estou, dois anos depois, me desvinculando da última parte de você que ainda restava. Não se preocupe, ele vai estar em boas mãos - quem sabe até o seu novo dono não aprenda a tocar todas aquelas músicas que você foi incapaz de me ensinar.

Não sei nem se um dia você irá ler essa carta, pois fiquei sabendo que nem em Brasília você está morando mais. Dizem, inclusive, os bons ventos que você está subindo rapidamente na sua carreira! Eu devia ter tido a coragem de te dizer muitas coisas, mas você sempre foi perfeitamente decepcionante. E eu ficar gastando mais tempo com você, fica combinado, seria uma monumental perda de tempo.

Steph - cansada

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Que?

Hoje acordei sem aquele tão comum espírito masoquista.
Hoje até meio-dia não te mandei nenhuma mensagem, nenhum e-mail, nem te liguei de um número desconhecido.
Hoje você não ia me deixar triste com aquela sua indiferença mascarada como timidez.
Hoje não ia me lembrar dos moments ruins (que superam os bons!)
Hoje não ia deixar de fazer o que tinha que ser feito para pensar em você
Hoje você não iria me afetar
Hoje não
Mas daí, sem aviso prévio, você entra novamente na minha vida sem pedir permissão.
Me pergunta como estou com aquela sua dissimulação que você domina como uma arte
E eu?
Eu, sem maiores forças para a verdade repondo que nunca estive melhor.
Me rendo e concordo em encontrar com você.

Steph - sofrendo da ira cósmica

domingo, 8 de agosto de 2010

Gerundismo

Gerúndio?
Ah, é a gramática do presente
Que vem chegando de mansinho, demoradamente, quase enrolando, prologando
Traz agarrado em si a sinceridade
Ele diz o que está ou não acontecendo
Sem desculpas, sem mais nem menos

Gerundiando ninguém se esconde
Nem mesmo se estamos mentindo
Nem mesmo se estamos disfarçando
Nem mesmo se estamos omitindo

É tudo gerúndio!

Estou vivendo, aprendendo, errando, me reinventando
Estou sofrendo, chorando, me irritando, me decepcionando
Estou beijando, abraçando, afagando, batendo, gritando, machucando
Estou tropeçando, levantando, rindo, me divertindo, amando
Estou indo, partindo, saindo, me despedindo

A vida é isso
É o agora
É o indo, o endo, o ando
É o nascendo, o crescendo, o reproduzindo, o morrendo

São as coisas que estamos fazendo, que estamos pensando, que estamos deixando
São as coisas que estamos escondendo, negligenciando, apagando, desfazendo
São as pessoas que estamos criando, odiando, perdoando, ignorando
São os lugares que estamos visitando, cuidando, estragando, construindo

Então se tudo está indo, endo, ando
A grande questão é:
Que gerúndio você está escrevendo?

Lara - se alfabetizando

paizão

feliz dia dos pais para todos os pais de todas as queridonas e queridões do Brasil!


Paizão,
você é o melhor!
e meu amor por você é o maior!
mesmo com aquele seu humor
acredite, ainda é muito amor!



quinta-feira, 5 de agosto de 2010

A bendita da moeda

Sabe aquela história das duas faces da moeda? Pois é! É a mais pura verdade! E quer saber? Odeio moedas! Mas o pior mesmo não é o fato de que as moedas têm duas faces; é que a gente só aprende isso na prática. Ninguém escutou a vovó ou a mamãe quando elas falaram isso, né? Precisou ir lá e quebrar a cara para aprender. Ô racinha burra essa nossa, viu?

Agora me diz se isso não é verdade:

O príncipe encantado, por exemplo, na maioria das vezes aparece todo bonitão em um cavalo branco. Mas quando a gente menos espera... Ele tá arrastando asa pra todas as meninas do reino ou não liga ou não te dá o devido valor. Vai dizer que não é assim?

Seu melhor amigo te ama e te adora. Mas, quando pode, destila um veneninho mortal na suas costas, tem uma invejinha porque você tá subindo na vida e ele não, tem uma vontadezinha de te matar até. Vai dizer que não é assim?

Seu trabalho é maravilhoso e te faz muito feliz. Mas tem dia que te estressa, tira suas noites de sono, acaba com seu humor. Que qualidade de vida é essa? Vai dizer q não é assim?

Culpa de quem tudo isso? Da bentida da moeda! Dessa cretina dupla face!

E da gente! Que insiste em acreditar no lado bom das coisas. Que quer acreditar desesperadamente que tudo vai acabar bem. Que se ainda não deu certo é porque não é o fim. Blá blá blá

A verdade é que apesar de sempre falarem que o ser humano não presta, nós somos as criaturas mais ingênuas e mais confiantes que pode existir. Aham, eu sei que nem todos são assim, mas a lei é essa mesmo. Até o mais cafajeste dos homens consegue acreditar na pureza e na beleza de alguém. Nem que seja de um amigo ou de alguém da família. Até o mais horroroso dos bandidos alguma vez se compadeceu da dor de alguém e acreditou que o fundo do poço tinha uma mola.

O fato é que não conseguimos nos desapegar dessa ideia de que tudo tem um lado bom. Mas talvez isso seja exatamente o que nos mantém vivos e o que nos impede de ficar loucos, né? O que seria de nós se não acreditássemos que o próximo cara vai ser diferente ou que o próximo político vai ser melhor ou simplesmente que amanhã tudo vai ser mais fácil? Quem sairia da cama se sobesse que tudo pode ficar pior?

Vai ver a moeda tem duas faces para garantir nossa sobrevivência. Para garantir que não vamos jogar tudo pro alto e viver só de amor. O mundo jamais funcionaria sem essa droga dessa moeda ou sem a faca de dois gumes ou sem o copo metade cheio. Não haveria humanidade em seu sentido mais puro, haveria? Seríamos todos cubos de gelos, vagando ocamente por aí, afundando em nossa própria arreia movediça. Aí sim seríamos a pior das raças.

Lara - pedindo troco de balinha daqui para frente

terça-feira, 3 de agosto de 2010

a carne é fraca!

A minha carne é fraca, a sua também? Conheço muita gente boa com carne muito enfraquecida. São tantas as situações em que minha carne me falha, me trai, que nem saberia numerar todas.

Aquele gatinho que você sabe que não presta, não é pra você, já partiu seu coração em quarenta mil pedacinhos, te liga depois de meses sem uma notícia. O que você faz? Sai com ele, obviamente. A carne é fraca!

Você sabe que tem que perder peso. Por razões de saúde, beleza, objetivo pessoal, aquele emprego que sempre quis. Começa bem a dieta, até se inspira e vai para academia. Umas semanas depois, aniversário daquele brother seu, e é no rodízio de pizza mais gorduroso da cidade. Você? Você vai, oras! A carne é fraca!

Você já em um relacionamento, um gatinho da academia te da mole. Um outro de uma matéria que fizeram juntos pede seu telefone. Você paquera, conversam na internet, trocam mensagens de texto. Você fechar a porta? A carne é fraca!

Você com aquela prova pra estudar, com aquele projeto pra entregar. No último minuto seu amigo te chama pra ver aquele filme que você estava morrendo de vontade de ver e todo mundo já viu. Você vai, obviamente.

Você estudando para concurso público, quer estabilidade, quer dinheiro para viajar e viver bem a vida, mas não resiste à viagens que surgem. Não resiste também a trabalhos freelance que podem te dar uma graninha rápida. E como resistir de participar daquele congresso internacional que vai ficar show no seu currículo? É, a sua carne também é fraca.

O que posso concluir é o seguinte: A minha carne é fraca, mas ainda bem! Carne dura? Ninguém mastiga!

Steph - filet mignon

Cadê?

Procurei por você loucamente e não te encontrei.
Comprei uma bússola na tentativa desesperada de te achar e...nada!
Olhei no Google, no Google Earth, no Google maps, mas...cadê?
Você não estava na Europa, nem nos Estados Unidos, nem no Brasil, nem em nenhum outro lugar por onde eu andei.

Procurei por você em sorrisos, em lágrimas, em abraços, em beijos.
Às vezes podia jurar que tinha te achado
Mas não, não era bem você
Procurei por você em um monte de gente também
Mas...não te achei!
Cheguei bem perto algumas vezes.
Ainda não era você.

Fala para mim por onde você anda!
Como que eu te encontro?
Que cara você tem?
Que gosto você tem?
Como é te encontrar?
Não aguento mais viver sem você!

Outro dia me disseram que te encontro dentro de mim.
Mas não sei se acredito nisso.
Já me vasculhei e não encontrei nem resquício de você.
Disseram que eu tenho que te enxergar
Que eu tenho que fazer por onde
Que eu tenho que te merecer
Que te achar depende bem mais de mim do que de você

Se é verdade tudo isso, não sei
Só o que eu sei é que eu ainda não desisti de você
E eu ainda espero poder te encontrar em breve, Felicidade.
Muito em breve.